Exame toxicológico para CNH A e B: veto derrubado, o que muda na prática

Publicado em: 06 de dezembro de 2025 • Atualizado em: 06 de dezembro de 2025

Resumo em 1 minuto

  • O Congresso Nacional derrubou o veto presidencial e restabeleceu a exigência do exame toxicológico na primeira habilitação das categorias A (moto) e B (carro).
  • A mudança já foi aprovada em lei, mas, para começar a valer no dia a dia dos candidatos, ainda depende de promulgação e publicação no Diário Oficial.
  • Até que essas etapas sejam concluídas e os Detrans atualizem seus procedimentos, quem está tirando a CNH deve acompanhar as orientações oficiais do seu estado.
  • O debate envolve custos da primeira habilitação, impacto social no acesso à CNH e segurança no trânsito.
  • Alunos, instrutores e autoescolas devem acompanhar as publicações oficiais para entender quando e como a regra passará a valer.

Com a derrubada do veto, o tema voltou ao centro das conversas em autoescolas, entre instrutores e entre quem está planejando tirar a CNH. Ao mesmo tempo, surgem muitas dúvidas:

  • O exame toxicológico já está valendo para A e B?
  • Quem está no meio do processo vai ser afetado?
  • Quanto isso pode encarecer a primeira habilitação?

O Congresso Nacional analisou um veto presidencial que impedia a exigência do exame toxicológico na primeira habilitação para as categorias A e B. Na votação, o veto foi derrubado. Isso significa que:

  • o texto que previa o exame toxicológico na primeira CNH A e B foi restabelecido;
  • não é mais apenas uma discussão ou proposta: a exigência passou a constar na lei;
  • o Presidente da República não precisa "aprovar de novo" — o Congresso já decidiu.

A etapa que vem agora é a promulgação e a publicação no Diário Oficial. É essa publicação que define a partir de quando a regra começa a valer oficialmente e, se houver, quais são as regras de transição.

O que vale hoje para quem está tirando a CNH?

Do ponto de vista jurídico, a derrubada do veto já restabeleceu a previsão de exame toxicológico na lei para a primeira habilitação em A e B. Se você está começando agora, confira nosso guia completo sobre como tirar a CNH.

Mas, na prática do dia a dia, quem está tirando a CNH depende do que o Detran do seu estado vai definir a partir da publicação oficial:

  • se o exame passa a ser exigido imediatamente ou se haverá um período de adaptação;
  • como fica a situação de quem já abriu o processo de habilitação antes da mudança;
  • quais clínicas estarão credenciadas para realizar o exame.

Por isso, se você está com o processo em andamento ou planejando dar entrada na CNH nos próximos dias, é fundamental:

  • consultar o site ou os canais oficiais do Detran do seu estado;
  • confirmar se a exigência já está sendo aplicada e a partir de qual data;
  • verificar se haverá regras específicas para processos já abertos.

Como era antes e o que muda com a nova regra?

Até a derrubada do veto, o cenário era:

  • Categorias A e B: não havia exame toxicológico na primeira habilitação.
  • Categorias C, D e E: já havia exigência de exame toxicológico em situações específicas (saiba mais sobre CNH profissional C, D e E).

Com o veto derrubado, passa a existir na lei:

  • obrigação de exame toxicológico também para a primeira CNH A e B;
  • alinhamento parcial das exigências entre quem dirige veículos leves e pesados, em relação ao uso de substâncias;
  • um novo ponto de atenção de custo e de etapas para quem está planejando tirar a habilitação.

Por que essa mudança gera tanta discussão?

A ampliação do exame toxicológico para A e B mexe em três pontos sensíveis:

1. Custo da primeira habilitação

O exame toxicológico é um serviço de valor significativo. Incluir essa etapa na primeira CNH tende a encarecer o processo, especialmente para quem já está no limite do orçamento para pagar autoescola, taxas e exames. Entenda melhor os custos envolvidos no nosso artigo sobre quanto custa tirar a CNH.

2. Impacto social

A exigência pode dificultar o acesso à habilitação para quem mais precisa dela para trabalhar, estudar ou cuidar da família. Esse é um dos principais argumentos de quem critica a mudança.

3. Segurança no trânsito

Por outro lado, os defensores da medida destacam a necessidade de reduzir o uso de substâncias psicoativas entre condutores, inclusive de veículos leves, e fortalecer a mensagem de responsabilidade no trânsito.

O debate, portanto, não é apenas técnico: envolve segurança viária, justiça social e o papel da CNH como requisito de inclusão produtiva.

Quem já está no processo: vai precisar fazer o exame?

Essa é a dúvida mais comum entre alunos e autoescolas — e a resposta depende da forma como a nova regra for regulamentada pelos órgãos de trânsito após a publicação oficial.

O que normalmente pode acontecer em mudanças desse tipo é:

  • uma data a partir da qual todo novo processo precisará do exame; ou
  • algum tipo de regra de transição para processos já abertos.

Como essa definição é feita pelos órgãos executivos de trânsito, a orientação do Dirigi é: sempre confirmar diretamente com o Detran do seu estado ou com a autoescola onde você está matriculado.

Impactos para autoescolas (CFCs) e instrutores

Para CFCs / Autoescolas

  • necessidade de atualizar materiais, pacotes, contratos e comunicação;
  • aumento de dúvidas e atendimento aos alunos nas etapas iniciais;
  • revisão de estratégias comerciais, já que o custo total da CNH tende a subir.

Para instrutores de direção

  • mais pressão para que o aluno aproveite ao máximo cada aula, reduzindo retrabalho e reprovações;
  • possível aumento da procura por aulas de reforço e treinos específicos para prova prática;
  • importância maior de explicar com clareza o passo a passo e os custos do processo de habilitação.

Impactos para quem está se preparando

Para quem está estudando ou se preparando para a prova prática, é importante estar atento às mudanças. O aumento nos custos pode impactar o planejamento financeiro da sua habilitação. Se você já é habilitado mas ainda tem insegurança ao volante, considere fazer aulas de reforço para habilitados antes que custos adicionais sejam aplicados.

Então… o que você precisa fazer agora?

Se você ainda não iniciou o processo de CNH A ou B, vale seguir três passos simples:

  • acompanhar a publicação oficial da regra (Diário Oficial);
  • verificar no site do Detran do seu estado se o exame já é exigido e a partir de quando;
  • conversar com uma autoescola de confiança para entender o impacto no valor total.

Se você já está com o processo aberto, é importante:

  • perguntar diretamente ao seu CFC como ficará a situação dos alunos em andamento;
  • confirmar se haverá necessidade de exame toxicológico para o seu caso específico;
  • guardar protocolos e comprovantes das etapas já concluídas.

Como o Dirigi se posiciona nesse cenário

O Dirigi não toma partido em debates políticos, mas tem um compromisso claro: ajudar quem precisa dirigir a entender as regras com calma e clareza.

Por isso, nosso foco é:

  • traduzir mudanças complexas em linguagem simples;
  • lembrar que a palavra final sobre prazos e exigências é sempre dos órgãos oficiais;
  • aproximar instrutores, CFCs e alunos num só lugar.

À medida que novas orientações forem divulgadas por Detrans e pelo Contran, este artigo poderá ser atualizado para refletir as regras em vigor.

Aviso importante

Este texto é um resumo informativo sobre a derrubada de veto presidencial e a inclusão do exame toxicológico na primeira habilitação das categorias A e B. As regras de habilitação podem ser alteradas por leis, resoluções do Contran e regulamentações dos Detrans, e nem sempre as notícias refletem imediatamente o que já está valendo em cada estado.

Como regra editorial, o Dirigi busca sempre validar as informações em fontes oficiais antes de publicar qualquer artigo sobre legislação de trânsito, consultando leis, resoluções, portarias, decisões recentes e páginas dos Detrans. Mesmo assim, mudanças podem ocorrer após a publicação deste conteúdo, por isso é essencial confirmar sempre a situação atual diretamente nos canais oficiais.

Para decisões concretas sobre seu processo de habilitação, consulte sempre o Código de Trânsito Brasileiro e suas alterações recentes, as resoluções do Contran sobre formação de condutores e exames de aptidão, o Detran do seu estado (especialmente as páginas oficiais sobre primeira habilitação e renovação) e portais institucionais e veículos especializados em trânsito.

Algumas bases legais e referências úteis:

O Dirigi não substitui orientações oficiais do Detran ou Contran. Para informações atualizadas sobre requisitos, prazos e custos, consulte sempre os canais oficiais do seu estado.

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